domingo, 9 de agosto de 2015

Experiência Estética ou Esteriótipo?


Sempre tive a orientação, que se o Diogo tirasse a função do objeto, o reconduzisse para a forma correta. O Diogo sabe usar convencionalmente o Ipad, quando tem vontade. Mas na foto, ele tira totalmente o modo correto de manipular o aparelho. No início, tive o impulso de não permitir que andasse com o Ipad, na posição que se encontra na imagem, pelos espaços da casa e do quintal. Mas percebi algo diferente: ele estava tendo uma experiência estética. Através da tela desligada, refletindo as imagens que estavam acima dele e percorrendo os espaços, ele percebia o mundo em outro ângulo, em outro ponto de vista. Por que o proibiria de ter esta experiência? São coisas que iriam contra tudo que estudei em Artes Visuais. Como eu quero que ele seja criativo se eu o proibir de ter este tipo de vivência? A criatividade serve para o ser humano solucionar problemas e encontrar novas possibilidades para a vida. Lembrando do filme Temple Grandin, a personagem autista passou a perceber, pelo ponto de vista do boi, como este via o mundo e chegou a conclusão, através desta experiência estética, que deveria montar um projeto de abate do gado mais humanizado, para produzir uma carne com maior qualidade. Fica aí a reflexão!

2 comentários:

  1. Lu, muito bonita e enriquecedora a sua iniciativa, de abrir as janelas do AUTISMO para aqueles que não conseguem perceber os detalhes e as sutilezas do que é uma relação de carinho, aproximação, amor e além de tudo, uma relação com grandes ensinamentos! FELICIDADES com o lindo projeto do blog! Beijos.

    ResponderExcluir